Turma da Mônica - Lições - O Review

Mike Ale
11 de ago. de 2015
2 min de leitura

ATENÇÃO! - ESSE REVIEW CONTÉM 0% DE SPOILERS!!! PODE LER SEM MEDO E SEJE FELIZ =)

Bom, vamos lá.

O 8º título dessa jóia editorial chamada "Graphic MSP" traz de volta a turminha mais famosa e sem vergonha do Brasil. Depois do sucesso de vendas e críticas da 2ª Graphic da coleção: Turma da Mônica - Laços, Os irmãos Vitor e Lu Cafaggi voltam com Turma da Mônica - Lições. E ao contrário da fraca e insossa sequência de Astronauta, do Danilo Beyruth, Lições é tão bonito quanto a primeira história dos autores. Se não, mais.

A trama, assim como a primeira história a princípio é muito simples. Nenhum dos quatro (Mônica, Magali, Cascão e Cebolinha) fazem a lição de casa. E a história fala das consequências que isso causa ao quarteto fantástico. Caras, que genial. É uma trama que é impossível de não se identficar. E assim lá vamos nós transportados direto para nossas infâncias mais uma vez junto com a turminha do Maurício de Souza.

A história é tão singela quanto parece. Nada de aventuras espaciais, viagens no tempo ou estrelas mágicas. Cada um dos quatro recebe um devido castigo de seus respectivos pais, e conseguimos acompanhar separadamente cada um deles lidando com a situação. Ou enfrentando seus medos, ou tentando melhorar defeitos e comportamentos ou tendo que enfrentar o pesadelo de ter que se mudar para uma escola nova... Tudo muito simples, como todo problema de criança. E tudo muito profundo. Como todo problema de criança.

E as referências! Se a primeira história dos Cafaggi foi a lá Goonies, não diria que essa seja a lá De Volta para o Futuro, mas o Tonhão e sua turma de baderneiros valentões parecem que foram sugados do filme e colocados no quadrinho. E lógico as referências internas, ou no caso, a inclusão de dezenas de personagens secundários na história. O que sempre é um presente pra quem ama todos do Bairro do Limoeiro. Tipo o Titi, o Xaveco, o Quinzinho e o sonso e pentelho do Dudu (Um dos meus preferidos da vida).

O humor da história é algo sublime. Os diálogos, as escolhas de palavras e palavrões e as divagações dos pequenos me lembrou muito de Calvin e Haroldo. E sim, isso é uma grande (enorme) coisa. Muitas vezes eu tive que parar de ler para rir. Coisa que não faço muito. Acho graça, rio por dentro, mas raramente dou uma gargalhada. O que aconteceu várias vezes em Lições.

Enfim, é isso. Comprei o livro hoje, e já li 2 vezes antes de vir fazer esse review. Já esperava que ia ser foda (sou fanboy assumido do projeto desde 2012 quando foi lançado), mas não esperava que seria tão surpreendido e que fosse ficar tão comovido (mais uma vez) com essa turminha que já estou (no bom sentido) cansado de visitar.